quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Não julgue um filme pela capa!

Recentemente, a querida Carol F. me indicou um filme, "Um Beijo Roubado" (My Blueberry Nights, 2007), que acabou por me fazer pensar em diversas coisas, que gerarão alguns posts aqui, no HiperCog. Uma dessas coisas foi a questão das críticas de filmes. E muita gente costuma detestar críticos de filmes, algo que compreendo muito bem. Afinal, julgar um filme, ou um livro, e assim por diante, geralmente é uma tarefa bastante subjetiva.

Muitos pseudo-intelectuais por aí adoram criticar (negativamente) filmes e livros, simplesmente para se diferenciarem da massa (das pessoas em geral), querendo passar uma impressão de que sabem mais do que a maioria, buscando impressionar as pessoas através da crítica negativa, como se estivessem enxergando algo que a maioria das pessoas não consegue ver. Bastante triste isso!

Assistindo o filme supra-citado, me peguei pensando sobre isso. Logo antes de assistir o filme, busquei a avaliação geral do filme no site IMDB, e vi alguns comentários bastante negativos sobre o filme. Porém, assistindo-o, acabei por gostar bastante do filme. Estava tão entretido com a história, até que de repente percebi que não estava avaliando o filme em si, nem a atuação do elenco, nem mesmo a produção ou a direção do filme. Notei que me entreguei à história, sem notar o desenvolvimento da mesma na tela.

Como HiperCog, isso é algo muito normal de acontecer. Nos perdemos na idéia daquilo que vemos, somos dispersivos com as coisas à nossa volta por facilmente nos deixarmos levar pelos milhares de pensamentos que as coisas ao redor nos geram. E isso acontece muito com filmes.

Com relação ao "Um Beijo Roubado", foi assim. Notei, em alguns momentos, que a direção ou produção não era tão elaborada, mas a história (boa ou ruim) fazia com que minha mente faíscasse com pensamentos diversos. E acho que isso é a parte boa de qualquer filme: nos envolver, ou não, com a história. O legal de assistir um filme, ou ler um livro, é notar o quanto ele nos faz refletir sobre situações, idéias, etc. Mesmo quando não é bem feito, ainda assim pode nos fazer viajar em pensamento.


Não podemos julgar um livro pela capa, ou um filme apenas por sua direção, ou produção. O que importa é o conteúdo, aquilo que ele nos traz, ou para onde nos leva. O legal é poder abrir a mente para novas idéias, que nos façam refletir sobre a vida em si, sobre conceitos, sobre realidades diferentes.

O mesmo aconteceu quando assisti "Te Vejo em Setembro" (See you in September, 2010), que recebeu péssimas críticas no IMDB. Mas, ao assistí-lo, me envolvi bastante. Notei que o roteiro era ligeiramente fraco, a direção era relapsa em certos momentos, mas a idéia do filme era muito interessante, mesmo que não tão bem realizada.


Além disso, há filmes que se conectam conosco dependendo do momento de vida em que estamos. A arte existe para nos ativar sentimentos e emoções, algo bastante subjetivo e pessoal. Não precisa ser perfeita, mas precisa nos cativar, de uma forma ou de outra. Afinal, quem cria algum "produto artístico" está tentando passar uma idéia, conceito, sentimento que lhe surgiu, e nem sempre consegue atingir a todos.

Enfim, já estou começando a me dispersar e divagar demais.

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