sábado, 29 de janeiro de 2011

Quem somente crê, está errado!

(post em construção)

Quem tão somente crê, está errado em sua crença, ou melhor, está errado sobre aquilo em que crê, ou estaria completamente errado sobre a realidade existente. Porém, esse é um assunto por demais complexo, e não sei se serei capaz de explaná-lo adequadamente num post. Creio (ops) que poderia escrever um livro inteiro sobre o assunto, mas tentarei resumir o máximo possível nesse post.


(a ser desenvolvido)

Crer sem questionar é estupidez

Um exemplo simplório: digamos que alguém passe a dizer que a água tem poderes mágicos de cura, e pode extinguir qualquer mal. Essa pessoa crê profundamente nisso, sem qualquer explicação lógica ou científica. Daí, alguém fica seriamente doente, e é tratado somente com água. E, então, morre. Assim acontece com a fé, ou crença, cega...claro que nem sempre chega-se a ver o resultado desastroso disso tão rapidamente como nesse exemplo extremamente básico, afinal o mundo é complexo, mas muita gente no mundo age dessa forma. Crêem apenas por crer, sem saber porquê o fazem. Seguem as palavras de qualquer louco que lhes apareça pela frente, e que lhes pareça de alguma forma convincente, geralmente através de apelo emocional e/ou psicológico.

Vejamos a definição de crença na Wikipedia (e, se duvidam, ocasionalmente, da Wikipedia, como eu, verifiquem também em outras fontes):

"Em filosofia, mais especificamente em epistemologia, crença é uma condição psicológica que se define pela sensação de convicção relativa a uma determinada ideia a despeito de sua procedência ou possibilidade de verificação objetiva. Logo pode não ser fidedigna à realidade e representa o elemento subjetivo do conhecimento. Pode também ser entendida como sinônimo de fé e, assim como qualquer manifestação de convicção, acompanha absoluta abstinência à dúvida pelo antagonismo inerente à natureza destes fenômenos psicológicos e lógica conceitual. Ou seja, é ser convicto, e sendo a fé/crença uma forma de convicção, é impossível duvidar e crer ao mesmo tempo."
Ou seja, crer, e apenas crer, é ter uma convicção com base em nada, o que significa acreditar por acreditar, ser um completo tolo. Mesmo que a crença que se tenha não seja sobre algo errado, é tolo quem crê sem saber porquê crê, sem entendimento. O que nos leva ao próximo tópico...

Crer com entendimento

Como dito anteriormente, crer somente, sem entendimento, é ser estúpido, tolo... Isso não quer dizer que a crença, em si, esteja errada, apenas o ato de crer sem questionar é que está. Se pretende acreditar (crer) em algo, busque entender porquê o faz! Nem sempre teremos todas as respostas, mas pelo menos saberemos a razão de optarmos pela crença, mesmo sem ter todas as respostas... (a ser desenvolvido)

Crer no quê?!

Bem, mas afinal, crer apenas é tão errado assim?! Como eu dizia, esse é um assunto por demais complexo, e mereceria um livro inteiro. Pois, antes de mais algo, retomo o que disse no início: crer sem entendimento é afastar-se da realidade (ou disse algo semelhante a isso)! Aí, vem a questão: o que é realidade?!

Alguns debaterão por milênios sobre isso, e muitos filósofos terão, como já tiveram, diversas respostas para o assunto. Alguns dizem que a realidade é algo concreto, quase palpável. Outros dizem que a realidade depende de como enxergamos o mundo, ou seja, é basicamente algo subjetivo. Outros tentarão dizer que realidade é algo relativo, tentando conciliar as demais vertentes. Tudo bastante complexo mesmo. Assim, tentando conciliar os debates, evitemos assumir qualquer hipótese como verdade e, temporariamente, aceitemos a realidade como sendo o senso comum, ou como aquilo que podemos avaliar com nossos sentidos físicos, a princípio. (a ser desenvolvido)

Crendo no oculto

A coisa complica mesmo é quando cremos em algo que não podemos ver, nem ouvir, nem pegar...quando cremos em coisas abstratas, imateriais, conceituais, filosóficas, subjetivas, ocultas. Um exemplo é a crença em Deus. Ninguém nunca o viu, mas sempre ouviram dizer que alguém viu, e/ou ouviu, e crêem nesse Deus apenas através do que uma pessoa qualquer disse ter visto, ou ouvido. Ou acreditam com base em textos escritos há séculos, que ninguém viu serem escritos, e que poderiam não passar de histórias fictícias na época, ou de simples más compreensões de fenômenos naturais perfeitamente explicáveis atualmente.

Isso não quer dizer que, somente porque não vemos algo aquilo não possa ser explicado. Não estou dizendo que Deus não exista, apenas que a crença cega nele, com explicações puramente místicas, não é razoável. Aqueles que negam a existência de Deus sem entendimento adequado são tão estúpidos quanto os que crêem sem o mesmo entendimento.

Não estou querendo defender o agnosticismo (sim, sou agnóstico, que é bem diferente de ateu, entendam!), pois esse também é uma opinião de vida, apesar de racionalista. Apenas defendo a idéia de crermos com razão, sem perconceitos.

Muitas religiões transformaram populações inteiras em verdadeiros fanáticos vazios de razão e, pior, que agem ridiculamente de forma que chega a contradizer a própria noção do que dizem crer. É como nos tempos antigos do Cristianismo, na época da Inquisição: a primeira regra do Deus deles, o primeiro "MANDAMENTO" era 'Não matarás', e essa era a primeira coisa que faziam, sempre com alguma explicaçãozinha furada para justificarem suas ações extremamente bárbaras e hipócritas.

Enfim, essa reflexão toda me veio à mente após assistir o filme "Ágora", onde ocorre uma guerra ridícula entre "fés" e crenças, e onde a filosofia e o conhecimento levam a pior. O filme é muito interessante, e vale a pena ser visto, e refletido.

Trailer de Ágora abaixo:

1 comentários:

Unknown disse...

Bravo!!!

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