domingo, 3 de junho de 2012

Aqui jaz o amor...ou não?!

Será que o amor  morreu, e hoje em dia pulamos de galho em galho, cheio de ilusões desfeitas e corações partidos?! Talvez essa seja uma pergunta que muitos façam em nossos dias, mas cuja resposta não é tão simples assim de se obter. De forma geral, a grande maioria das pessoas por esse mundo afora ainda tem uma visão muito tradicional, conservadora e idealizada demais do amor e dos relacionamentos de longo prazo, mesmo que não percebam isso, e mesmo que tenham vidas e estilos de viver que pareçam ser tão modernos e "descolados". Há uma grande mistura entre forma idealizada e herdade e visão/desejo daquilo que se quer, e daquilo que se pensa ser.

Bom, esse post é uma breve reflexão, ou diria, uma breve coleção de pensamentos ainda incompletos (e apressados) sobre o assunto em questão. Há muito o que pensar, analisar, filosofar, etc., e ainda assim não conseguiria escrever um post completo sobre o assunto. Mas, vamos tentar, de alguma forma...


A Situação.

Primeiro (ou não), somos obrigados a ver a situação. Atualmente, vemos um bando de pessoas desiludidas com o amor por aí, culpando a sociedade atual por um modo de vida em que os valores pessoais tradicionais não mais estão em voga, onde não mais se valoriza o amor (pelo menos aquela visão tradicional de amor), e onde parece ser mais importante o número de conquistas amorosas que se consegue, ao invés da qualidade de relacionamentos que se pode obter. Vejo muitas pessoas por aí, amigos, conhecidos, e mesmo desconhecidos, reclamando que não há mais amor, ou que as pessoas não mais dão importância ao amor.
Bom, isso nos leva a diversas outras questões...

Origens

Mas, afinal...porque as pessoas se sentem assim hoje em dia e o que causou isso?! Há outras questões a serem feitas ainda, mas fiquemos com essa no momento.
Vivemos num mundo onde as pessoas são imediatistas de forma geral...no trabalho, em seus momentos de lazer, e em tudo mais em suas vidas. Nosso mundo de hoje é muito rápido e dinâmico, e queiramos ou não, acabamos por transferir esse nosso estilo de vida para as demais áreas de nossas vidas, incluindo nosso lado emocional/sentimental. Queremos satisfação imediata, e se não conseguimos, logo partimos para uma nova busca por algo que nos satisfaça. Assim, muitas vezes, acabamos por optar por nos desligarmos de um relacionamento muito rapidamente, tão logo esse apresente problemas. Também, vivemos num mundo cheio de novidades, constantemente em mudança, e há aqueles que também acabam afetados por isso, buscando novidades e novas emoções mesmo em suas vidas amorosas.
Além disso tudo, somos (pelo menos os jovens de hoje, até os que estão lá pela casa dos trinta e tantos) filhos de pais divorciados...sim, somos filhos de uma geração criada pelo divórcio. Se não mais nos entendemos com nossos atuais cônjuges, não mais somos obrigados, como no passado, a ter de engolir uma vida cheia de frustração amorosa...podemos facilmente conseguir um divórcio. E muitos de nossos pais assim o fizeram. Temos uma visão de casamento (e de relacionamentos de longo prazo em geral) muito diferente do que se costumava ter há várias décadas atrás. E há outras causas pra isso tudo ainda, mas fiquemos por aqui, por hora, pois estou um tanto preguiçoso pra escrever hoje, tão tarde da madrugada (desculpem-me...rs)...ainda há as questões de frustrações passadas em antigos relacionamentos, sonho x realidade, e assim por diante...mas, quem sabe vejamos isso num outro post...

A Grande Questão

Ao meu ver, a coisa é um tanto diferente do que muitos pensam por aí...ok, sou bastante suspeito por ser deveras racional na maior parte das vezes, sempre buscando respostas a partir da razão e da filosofia imparcial, etc...mas, acho que faz todo o sentido.
E essa grande questão é: afinal, o que é o amor?!
Acho que essa é realmente a grande pergunta que deveríamos estar nos fazendo, a todo momento...

Muita gente tem uma visão (herdada) muito "romântica" sobre o que é esse sentimento chamado amor. Muitos acreditam numa visão excessivamente tradicional e ilusória desse sentimento, após tantos séculos (talvez mesmo milênios) de costumes e ensinamentos sobre o que deveria ser o amor, e em especial, sobre como deveria ser um relacionamento a dois. E, queiramos ou não, confunde-se muito isso. Amor e relacionamento a dois são coisas bastante diferentes.
Já escrevi em posts anteriores sobre isso, talvez de um modo ligeiramente diferente, mas ainda afirmo que essa coisa de contos de fadas é um grande mal que nos aflige. Somos ensinados, desde pequenos, a acreditarmos e desejarmos aquela tal princesa de contos de fadas ou príncipes encantados...e buscamos enxergar isso em qualquer pessoa com a qual estejamos nos relacionando. Mas, nem tudo é tão simples assim.
Muitas vezes acabamos por nos envolver com alguém, e deixamos a coisa seguir adiante, mesmo que, em algum ponto de nosso subconsciente, já saibamos que aquela pessoa não seja a ideal para nós. E, afinal de contas, nem todo mundo, ou seja, não é qualquer pessoa que é a ideal para nós. Apenas por termos nos deixado envolver com alguém, isso não significa que tenhamos feito uma escolha correta. Mas, somos condicionados a pensar que todo relacionamento que temos deveria ser aquele especial. Errado!!!

Não sei se existem almas gêmeas, não sei se existem contos de fadas...na verdade, acho isso tudo uma grande bobagem. Mas, não me entendam mal...isso não me faz menos romântico, ou desejoso por encontrar minha pessoa ideal. Apenas digo que toda essa fantasia cega, sem qualquer pé no chão, é algo que nos faz mal, e nos faz enxergar coisas fora da realidade. Traçamos nossas metas e objetivos, e acabamos por delimitar parâmetros muito altos, e julgamos qualquer pessoa com quem nos relacionamos através desses padrões muito difíceis de serem atingidos, padrões esses que apenas poderiam ser adequados a pessoas muito específicas, que se encaixem numa visão muito pessoal e específica de idealidade conjugal que temos, e que é subjetiva, diferente de pessoa para pessoa.

Então, acho que realmente possa existir um grande amor para cada um de nós...o problema é que queremos que qualquer próxima pessoa (ou atual) com a qual nos relacionarmos se encaixe perfeitamente nesses altos padrões que definimos para nós. E não é bem assim. Talvez tenhamos de buscar muito, muito mesmo, até encontrarmos essa pessoa ideal. Talvez tenhamos de errar bastante, passar por diversos breves e mal-sucedidos pequenos relacionamentos, até conseguirmos encontrar aquela pessoa especial. E isso pode levar um certo tempo...para alguns, pode até mesmo levar várias décadas.

Dessa forma, é bastante comum encontrarmos tantas pessoas desacreditadas por aí. Pessoas que não mais acreditam em amor, que acham tudo isso uma grande bobagem, um eterno conto de fadas impossível de ser realizado. Bom, cada um tem direito a sua opinião...sem problemas. Encarem, cada um, como quiserem essa coisa, esse tal de amor, esses tais de "relacionamentos ideais".

Mas, não devemos jamais esquecer que quem define nossos padrões de "idealidades" e sonhos, e coisas e afins, somos nós mesmos. Queremos tudo do nosso jeito, somos exigentes e apressados demais, sonhamos alto demais, e percebemos muito pouco as coisas. Encaramos a vida com demasiada "seriedade" e esquecemos dos tantos bons e simples detalhes que podem ser tão prazerosos na vida...
Por mais que isso possa parecer filosofia de auto-ajuda, visão budista de vida, ou seja do que quiserem chamar, a verdade é essa mesma...somos nós que definimos o quanto feliz e satisfatória nossa vida pode ser. Claro que haverá momentos difíceis, mas basta olhar em volta, e notar como pessoas diferentes encaram situações igualmente difíceis...cada um encara de uma forma, umas com melhor desenvoltura, outras nem tanto...e algumas pulam da ponte e cortam os pulsos com extrema facilidade, sem mesmo tentar enxergar as coisas de um modo diferente, ou serem criativos para encontrar uma solução para os problemas...

OK, saindo de tópico aqui, e começando a divagar demais...

Poderia discorrer por horas sobre o assunto, e ainda assim acharia que tudo estaria incompleto...o assunto é por demais complexo para ser abordado em definitivo aqui. Mas, vale a pena continuar pensando, deixando o lado emocional um pouco de lado, e usando, pra valer, a cabeça um pouquinho...vale buscar enxergar as coisas com praticidade e realismo, realmente observar e enxergar, pensar, analisar, buscar por respostas, e não simplesmente partir para conclusões precipitadas...
E já que o assunto aqui é amor...realmente, parem e pensem com bastante afinco: afinal de contas, o que é, exatamente, o amor (em minha visão, e da forma que o quero)?!
O resultado de um pensamento sincero e imparcial pode trazer resultados mais impressionantes do que possam esperar...

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